Proposta apresentada pelo Governo vale para todo o ensino e
prevê combinação de aulas presenciais e virtuais a partir do dia 8 de setembro.
Veja como a retomada vai funcionar.
Nesta quarta-feira, 24 de junho, o governo de São Paulo
anunciou a retomada das aulas presenciais a partir do 8 de setembro. O retorno
será feito de forma gradual e em três etapas. A proposta prevê rodízio de
estudantes e uma combinação de aulas presenciais com manutenção do ensino à
distância.
O plano foi detalhado pelo governador João Doria, em
entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes. As orientações serão válidas
para escolas públicas e privadas e todo o sistema educacional do estado de São
Paulo, desde a educação infantil até o ensino superior. A estimativa é que 13
milhões de estudantes estejam fazendo aulas online em São Paulo durante a
pandemia.
“Construímos um plano com protocolos bem definidos de
distanciamento social, monitoramento de saúde dos alunos, higiene pessoal e dos
ambientes escolares, para garantir essa segurança, repito, nas escolas publicas
municipais, estaduais e também a recomendação para as escolas privadas em todo
o estado de São Paulo”, disse o governador.
“Não vamos fazer uma abertura regionalizada para ter
problema com pessoas que vão do interior para a capital estudar ou vice-versa,
faremos tudo junto. Se uma região regredir, vamos tratar aquela região,
mantendo o estado aberto. Nós não vamos retornar se não estivermos cumprindo
todos as orientações e os requisitos”, afirmou Rossieli.
A estimativa é que até setembro, o Estado de São Paulo
esteja numa melhor situação em relação à pandemia, principalmente o interior,
onde os casos de contaminação são mais altos nesse momento.
Retorno em etapas
A volta será feita em três etapas e começará com até 35% dos
alunos presenciais. O restante acompanhará o conteúdo nas plataformas digitais.
Etapa 1 (a partir de 8 de setembro) – Até 35% dos alunos de
forma presencial;
Etapa 2 (ainda sem data definida) – Até 70% dos alunos;
Etapa 3 (ainda sem data definida) – Até 100% dos alunos.
Distanciamento social
As escolas terão que cumprir uma série de medidas para
evitar o contágio entre os alunos, que terão de ficar a uma distância de 1,5m
nas salas de aula.
Distanciamento obrigatório de 1,5 m entre as pessoas;
Organizar os horários de entrada e saída dos alunos para
evitar aglomerações;
Intervalos e recreios serão feitos em horários alternados;
Atividades de educação física podem ser realizadas mediante
cumprimento do distanciamento de 1,5 m, preferencialmente ao ar livre.
As aulas devem ocorrer com portas abertas
Segundo as diretrizes do governo, serão proibidas feiras,
palestras, seminários, competições, campeonatos esportivos, comemorações ou
assembleias.
Medição de temperatura e outras medidas de higiene
As instituições, tanto públicas quanto privadas, devem medir
a temperatura dos estudantes antes de entrar. “É importante dizer que no caso
da higiene pessoal, o governo vai disponibilizar os EPIs para os funcionários
da educação. O uso de mascará será obrigatório, seja por funcionários ou
estudantes, também no transporte escolar. Se o aluno não estiver de máscara,
ele não poderá permanecer na escola. Os bebedouros estão proibidos. Os alunos
terão copos próprios para beber água”, explicou Rossieli.
Uso de máscaras
Será obrigatório uso de máscara dentro da instituição de
ensino o tempo todo, no transporte escolar e em todo o percurso de casa até a
escola. As máscaras serão distribuídas pelo governo, tanto dentro do
estabelecimento de ensino, mas também nas vans escolares.
Quais alunos voltarão
primeiro?
Segundo Rossieli Soares, no mês de julho, a Secretaria de
Educação entregará um plano completo de ação sobre a retomada das aulas. A
expectativa é que 100% dos alunos tenha a possibilidade de ir ao menos 1 vez por
semana à escola para ter aulas presenciais.
Quem apresentar sintomas, sendo funcionário ou aluno, será
afastado das atividades. O decreto definitivo sobre a volta às aulas no estado
de São Paulo será publicado no dia 2 de julho.
O governo também afirmou que trabalha num projeto chamado
“4º ano”, que cria um novo ano letivo para os estudantes do último ciclo do
ensino médio que desejem complementar a experiência escolar.